ESG na Aviação

O setor de aviação enfrenta um dos maiores desafios da era contemporânea: equacionar o crescimento da demanda com a urgência da sustentabilidade. Investir em ESG não é apenas uma questão ética, mas uma necessidade estratégica — para garantir inovação, competitividade e resiliência.
O impacto do setor
A aviação comercial responde por cerca de 2% a 3% das emissões globais de CO₂, mas seu efeito real no aquecimento global é ainda maior. Isso porque, além do carbono, os aviões produzem fenômenos e poluentes que intensificam o impacto climático.
Um exemplo são as trilhas de condensação (contrails), que funcionam como um “cobertor” na atmosfera, retendo calor. Há também a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), que contribuem para a formação de ozônio troposférico, um gás de efeito estufa muito potente.
Somados, esses fatores podem dobrar ou até triplicar o impacto da aviação em relação às emissões diretas de CO₂. Por isso, o setor é considerado um dos principais focos nas estratégias globais de descarbonização e nas práticas de ESG voltadas à mobilidade aérea.
Alguns efeitos da ESG na Aviação
A realidade do ESG
ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). O conceito surgiu como uma forma de medir o quanto empresas e organizações estão comprometidas com práticas responsáveis e sustentáveis em três dimensões:
-
Ambiental (E – Environmental): ações para reduzir impactos no meio ambiente, como controle de emissões, uso eficiente de recursos e combate às mudanças climáticas.
-
Social (S – Social): práticas voltadas para pessoas, incluindo diversidade, bem-estar dos colaboradores, direitos humanos e impacto positivo nas comunidades.
-
Governança (G – Governance): políticas de gestão ética e transparente, que envolvem compliance, combate à corrupção e responsabilidade na tomada de decisões.
Mais do que uma tendência, o ESG é hoje um critério global de competitividade, influenciando desde o acesso a investimentos até a confiança de consumidores, parceiros e sociedade.

A importância
-
Credibilidade e reputação: Impulsionar práticas ESG demonstra compromisso com os desafios emergentes e reforça a confiança de stakeholders.
-
Acesso a financiamento e incentivos: Investidores e instituições financeiras favorecem empresas com políticas estruturadas de ESG.
-
Preparação para o futuro: Metas globais de descarbonização (como net-zero até 2050) geram exigências regulatórias que se antecipam à concorrência.
-
Eficiência operacional e inovação: Combustíveis verdes e práticas de governança podem gerar ganhos diretos em custos de operação e imagem.
Me acompanhe nas redes sociais
@valeriapastorin

Redução potencial de até
80 % nas emissões de CO₂
com o uso de combustíveis sustentáveis (SAF), comparados aos combustíveis fósseis tradicionais
25 % do consumo de combustível das companhias aéreas
foi proveniente de fontes sustentáveis em 2022 (contra apenas 1%, há uma década atrás)
43 companhias aéreas já assumiram compromissos
voluntários com SAF que somam cerca de US$ 50 bilhões